domingo, 21 de outubro de 2012

19



Andei pensando na minha vida durante esses últimos dias. Pensando no que conquistei, no que deixei de conquistar, enfim, e pela primeira vez, percebi que o saldo disso não ficou negativo.

Se as coisas deram certo para mim esse ano? Não sei, talvez. O que tenho certeza, é que meu ponto de vista mediante aos acontecimentos que passaram por mim deixou de ser pessimista, chato, previsível.

Se eu fosse escolher uma fase da minha vida como minha preferida, seria essa. Do dia 13/11/2011 para frente.

Pensando melhor: As coisas deram certo para mim desde então? Não. Dei muito com a cabeça na parede, perdi muita coisa, perdi muita gente, abandonei algumas e fiz questão que outras saíssem pela porta dos fundos para que ninguém ao menos soubesse que elas já estiveram aqui.

Hoje, sou maduro o bastante para puxar a minha própria orelha, rir de mim mesmo, me dar uma bronca quando necessário e mesmo assim, dormir com aquela sensação de dever cumprido no final do dia.

Sabe, meu ano se resume em uma pessoa. Uma pessoa que me fez muito feliz pelo simples fato de existir, de respirar, de estar, de ser. Se fiquei com essa pessoa? Não.

Essa pessoa sabe que me fez crescer, me fez acompanhá-la, me fez querer ser mais e melhor para poder estar à sua altura. Mas não faz idéia do quanto eu cresci e melhorei sem ao menos saber.

Como já disse, nossa história não deu certo.
Doeu, machucou, quebrou, estilhaçou e sangrou. Não sangra mais. Eu acho.

Hoje? Não sei ao certo. Acho que sempre gostarei dessa pessoa de uma forma diferente das outras.
O que acontece é que eu não fico mais olhando o meu celular para ver se recebi uma mensagem, uma ligação, um sinal de vida e o fato de vê-la todos os dias, ouvir a sua voz e setir o seu cheiro, não me mata mais.

O frio na barriga? Esse continua aqui e não vai me deixar tão cedo.

Enfim, estamos livres para irmos embora um do outro agora. Irtercâmbios, aulas, filmes, músicas e a nossa viagem filantrópica à África vão acontecer, mas com outras pessoas.

Tchau.

Voltando à mim, estou orgulhoso das minhas conquistas e muito orgulhoso dos fracassos.
O segredo está em aprender com eles e, se possível, analisar a situação para que ela não aconteça de novo, sabe? Eu não sabia.

Hoje vejo o porquê de eu ser uma pessoa forte. Depois de levar a sua vida de uma forma tão difícil, cobrada e sofrida (sem a mínima razão), levar a vida de uma forma leve, realista e calma, é a coisa mais fácil desse mundo.

Olho no espelho e vejo uma pessoa mais velha do que a da última vez que vi, mas com muito mais bagagem, muito mais serenidade e muito mais sabedoria.

Percebi que esse texto não tem a menor estrutura, nada de poesia e menor estudo possível e mesmo assim já é um dos meus preferidos.

Termino esse texto com um desejo: Mais calma, mais paz e cada dia mais sabedoria e muita, mas muita felicidade.

A quem desejo essas coisas? Pela primeira vez, a mim mesmo.

Obs.: Deixo aqui, meu muito obrigado aos meus 19 anos!